Um levantamento inédito do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), mostrou que, nos últimos dez anos, planos de saúde com abrangência restrita a um grupo de municípios foram mais contratados e, hoje, representam 44% dos 51 milhões de beneficiários registrados no Brasil até abril deste ano. Essa parcela é a maior entre os planos e cresceu quatro pontos percentuais desde 2014.
Os dados são parte da recente Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), elaborada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O estudo proporciona uma análise detalhada ao longo do tempo, revelando diferentes padrões de crescimento e comportamento no número de beneficiários de planos de saúde, dependendo da abrangência geográfica oferecida pelos planos.
No caso dos planos nacionais, que contemplam todo o território brasileiro, houve queda de três pontos percentuais desde 2014. Hoje, o segmento equivale a 40% do total de convênios. Antes, era 43%. Planos para grupos de estados também caíram no período, segundo o IESS: passaram de 6% para 4%. Além da categoria de grupos de município, tiveram alta de representatividade nesse intervalo aquelas restritas a um único município (de 4% para 5%) ou a um único estado (7% para 8%).
Conforme mostrado pelo Guia de Portabilidade da Anab, a relação entre custo e benefício é a que mais pesa na tomada de decisão do consumidor. Em alguns casos, a migração de um plano nacional para um regional, pode reduzir o custo com saúde em até 50%. O valor faz diferença, pois o consumidor paga por condições e vantagens que no dia a dia acaba não utilizando, como reembolsos ou coberturas específicas de rede médica. A cada fase da vida, mudamos e nos adaptamos a novas realidades. Por isso, vale a pena o consumidor avaliar, por exemplo, se faz sentido manter uma cobertura nacional ou se uma regional atenderá sua demanda.
O último levantamento da Anab, com base em sua rede de associadas, mostra o aumento no número de lançamentos de novos produtos nos últimos anos. São opções de planos mais acessíveis e disponíveis para novos consumidores ou beneficiários que queiram realizar o downgrade ou mesmo a migração de plano na mesma operadora. Esses recursos também fomentam a concorrência saudável entre operadoras na busca e solução às necessidades de seus clientes.
Vale ressaltar que a abrangência geográfica é um aspecto crucial na oferta de serviços de saúde, determinando a extensão territorial na qual os beneficiários podem acessar os serviços cobertos pelo plano contratado, conforme a Resolução Normativa ANS n° 100.
As administradoras de benefícios têm desempenhado um importante papel na hora de orientar o consumidor na busca pela melhor alternativa para o seu perfil. Na página principal do site da Anab, é possível encontrar a lista de administradoras de benefícios em todo o país, e os canais para que os consumidores possam acessá-las.
Análises como essa oferecem dados cruciais sobre a abrangência geográfica e cobertura dos planos de saúde no país, especialmente para operadoras e corretores. Essas informações proporcionam uma compreensão mais profunda das dinâmicas de mercado.