O número de beneficiários de planos de saúde com 60 anos ou mais bateu recorde, atingindo a marca de 7,5 milhões no Brasil. É o maior volume registrado desde o início da série histórica da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, produzida há 24 anos. Em 2000, por exemplo, eram 3,3 milhões de brasileiros com plano nesta faixa etária, um crescimento de 127%. De acordo com o autor desse estudo inédito, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) (IESS), o crescimento de beneficiários idosos se deu em todas as modalidades de planos.
Nos planos coletivos empresariais, a variação anual foi de 5,9% (agora são 3,2 milhões de beneficiários). Os individuais ou familiares cresceram 3,1% e totalizaram 2,7 milhões de idosos. Já os coletivos por adesão, que contam com 1,6 milhão de vínculos, registraram crescimento de 4,3% no mesmo período.
A população brasileira está envelhecendo e esse recorde reflete este cenário. Segundo os dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, em 2010, a população idosa no país era de mais de 20,6 milhões. Em 2022 este número já tinha pulado para 32,1 milhões, um aumento de 56,0%. Atualmente, a população idosa brasileira representa 15,8% da população total.
Pesquisas realizadas pela ANAB – Associação Nacional das Administradoras de Benefícios já indicavam esse potencial de crescimento. Um em cada 4 brasileiros precisou acessar mais sistemas de saúde em 2022 do que em anos anteriores. Os beneficiários de saúde indicavam, de acordo com a pesquisa, que crianças e idosos deveriam ser as prioridades na família para a cobertura de um plano de saúde. Para pessoas aposentadas, o plano de saúde é prioridade absoluta, ultrapassando até a casa própria.
