Esta semana puder participar do painel “A saúde nas alturas: precisamos repensar a saúde privada no Brasil”, no evento A Era do Diálogo 2024, em São Paulo. O evento reuniu representantes das esferas privada, pública e reguladora, com o objetivo de destacar os desafios e oportunidades para colaboração na construção de uma saúde suplementar mais eficiente e harmoniosa para os consumidores brasileiros.
Atualmente, são mais de 51 milhões de beneficiários, mais de 20 mil planos ofertados, quase 700 operadoras e cerca de 160 administradoras de benefícios atuantes no mercado. Diante de tamanha complexidade, são inúmeros os desafios que tornam a relação de consumo tão complicada. Dentre eles, a dificuldade do consumidor em compreender seu plano de saúde, que vai desde a forma de contratação, passa pelas características e condições de cada produto e chega até os meios de utilização e cancelamento do plano.
Ponderei sobre a necessidade de a Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS enxugar o enorme arcabouço regulatório para facilitar a compreensão do consumidor, permitindo melhor simetria de informações, o que vem sendo suprida quando existe a participação de uma Administradora de Benefícios na relação contratual. Aproveitei para mostrar a eficiência das administradoras na sua atuação ao lado dos beneficiários de planos de saúde, especialmente quando o assunto é reajuste. Acrescentei a necessidade do combate às fraudes nos planos de saúde e na busca pela desjudicialização, que acabam afetando o preço dos planos.
Eventos como esse nos dão a possibilidade de debater assuntos de interesse de todos e conhecer o que pensam os atores do mercado de saúde suplementar.